domingo, 8 de março de 2015

GRANDES MULHERES DE CAMPINAS: Carolina Krug Florence






Caroline Mary Catherine Krug nasceu em Kassel, ao sul Alemanha, em 21 de março de 1828. Era filha de João Henrique Krug e Elizabeth Krug, e irmã de Jorge Krug. Em 1854, casou-se com Hércules Florence. O casal teve sete filhos.

Ela iniciou seus estudos aos seis anos em uma escola dirigida por três irmãs. Até os quatorze anos, frequentou também a Escola Ruppel e fez a primeira comunhão com essa idade.  Realizou seus estudos também na Suíça, sendo aluna de um professor que foi discípulo de Pestalozzi. Filha de pais de classe média, valorizava os estudos e tinha por Ideal ser professora.

 

 
 
 
 
 
Carolina Florence e sua família emigraram para o Brasil em 1852. Antes da emigração, ela realizou seus estudos e exerceu o magistério em uma escola de moças em seu país. No Brasil, trouxe consigo, além dos estudos, a experiência de magistério em escola de moças e o ideal de criar uma escola similar no país.

Inicialmente, ela recebeu o apoio do irmão, o farmacêutico Jorge Krug, que já havia criado em Campinas a Escola Alemã e ajudado na fundação do Colégio Culto à Ciência, destinada aos filhos de imigrantes, e que já estava em funcionamento. Utilizando algumas dependências da escola do irmão, Carolina Florence deu início às funções do Colégio Florence em 3 de novembro 1863.

 
 

Em 1865, o Colégio Florence foi inaugurado no prédio desenhado por Hércules Florence, em local que hoje seria a Rua José Paulino, na época Rua das Flores, entre as Ruas Bernardino de Campos e Benjamim Constant.

 

O Colégio Florence foi um projeto educacional baseado em teorias de Pestalozzi. Idealizado para ser uma escola para moças da cidade ou das fazendas da região, oferecia uma educação refinada, uma saber para a vida com perspectivas culturais e profissionais. O ideal que trazia de sua formação europeia, Carolina organizou e transmitiu às moças que procuravam seu colégio em busca de novos conhecimentos.

 O colégio foi visitado pelo imperador Dom Pedro II em sua visita à Campinas em 1875 e 1886. Ele foi recebido com grandes eventos culturais e com a participação da população.

 

 
 



Durante a epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, Carolina Florence fechou as portas de seu colégio, e mandou as alunas de volta às famílias, evitando que crescesse o risco da doença que dizimou cerca de dois terços da população em um ano.

O Colégio Florence foi transferido para Jundiaí em virtude da demora na normalização de Campinas em relação à epidemia. Em suas novas instalações, o colégio funcionou nos moldes do idealizado até 1928, quando foi transformado em Escola Normal Livre. Carolina somente parou de trabalhar no colégio quando sentiu o peso da idade.






Em 1904, a educadora e viúva de Hércules Florence esteve em Campinas pela última vez, acompanhada dos filhos, prestigiando a sessão solene realizada pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, em homenagem ao centenário do nascimento de Hércules Florence.

Em 1907, ela retornou a Europa para tratar de sua saúde. Em 1913, aos 85 anos de idade, Carolina Krug Florence faleceu em Florença, na Itália, onde estava residindo com sua filha, Augusta, casada com Georgetti, músico e ex-professor do Colégio Florence. Foi sepultada no cemitério protestante Agli Alloni daquela bela cidade, na famosa Toscana Italiana.

A municipalidade de Campinas homenageou-a dando seu nome a uma rua da cidade.

 

Fontes:



 

9 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, é mesmo uma iniciativa de valor relembrar homenageando assim figuras que fizeram a diferenca para nos campineiros. Atualmente temos carencia de pessoas eticas e de peso para nossa sociedade.

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  2. Obrigado Maria por prestigiar o blog e, principalmente, os valores históricos de nossa cidade.

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  3. Vinda de São Paulo, moro desde 2014 na RMC e seu blog tem me ajudado a conhecer um pouco da história dessa cidade que me acolheu tão bem. Obrigada!

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  4. O problema do Brasil é a não valorização de sua história. Que pena que deixaram isso acontecer!

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  5. Obrigada por está linda informação.

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  6. Parabéns pelo blog e pelas matérias que contam a história de Campinas através de pessoas que tiveram atuação relevante na cidade, enriquecendo sua população com sua cultura! Só pata registrar morei na Rua Carolina Florença!

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  7. Parabéns pelo blog e pelas matérias sobre pessoas que com sua cultura e integridade enriqueceram nossa história!

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