sábado, 22 de novembro de 2014

RUA PAULO SETÚBAL

 

QUEM  FOI PAULO SETÚBAL?
 
 

 
 
Paulo de Oliveira Leite Setúbal nasceu em 01 de janeiro de 1893, na cidade de Tatuí-SP. Formou-se bacharel em Direito no ano de 1914, em São Paulo. Na época já havia tido poema publicado na primeira página do jornal A Tarde. Foi casado com Francisca de Sousa Aranha, pertencente à tradicional família de fazendeiros de Campinas.
 
Foi advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista.
Em 1920, ocorreu a publicação de seu livro de poesia Alma Cabocla, cuja edição, de três mil exemplares, esgotou-se em um mês.











Entre 1925 e 1935, publicou vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos e O Príncipe de Nassau. Em 1926, trabalhou como colaborador no jornal O Estado de São Paulo.
Nos anos de 1928 e 1930 foi deputado estadual, mas renunciou ao mandato por ter agravado sua tuberculose.

 
 
 
 
Nos anos seguintes, publicou livros de contos, crônicas e memórias. Em 1935, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematizou em seus versos a vida dos camponeses, dos “caboclos” do interior de São Paulo. Pela escolha do tema, na época foi chamado de “poeta regional”.
Foi também famoso e respeitado autor de obras de temática histórica, dentre as quais se destacam o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônica O ouro de Cuiabá (1933).
Paulo Setúbal faleceu em São Paulo, no dia 04 de maio de 1937.
 

 
 
 
A Rua Paulo Setúbal tem seu início na Rua Delfino Cintra e estende-se até a Rua Júlio Frank de Arruda, no bairro Botafogo.
Esta rua é composta principalmente por residências.
 
 
FONTE:
 
 
 
 


domingo, 16 de novembro de 2014

MORAR NO BOTAFOGO - Crônica de Campinas





 

Já riram várias vezes de mim, quando revelei que um dos grandes sonhos de minha vida é morar no bairro Botafogo. Disseram-me que é um bairro de gente velha, um lugar morto, onde só se encontram marginais, bêbados, travestis, mendigos, prostitutas pelas ruas. Que os prédios estão em ruínas, desvalorizados. Que só iria encontrar idosos cochilando pelas praças, a monotonia do cotidiano dos comerciantes, das pessoas que parecem eternas em suas vidas sem graça. Mas, não me importei com as injúrias ao querido bairro. Eu, que sempre morei no subúrbio, acostumado à violência dos insensatos e à miséria dos infortunados; aos excessivos escândalos repentinos, ao medo de não mais existir por acaso e de respirar os ares problemáticos dos confins campineiros, nada me surpreenderia com os o território botafoguense, com a mesmice criticada, com o suposto aroma de ruína. Viveria contente entre os idosos e os boêmios; entre a juventude transeunte da Rua Culto à Ciência, sentindo-me ainda pobre diante dos ricos da Vila Itapura e do Guanabara, mas, simplesmente feliz, tomando uma cerveja no Furlan à tarde.

 



Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola

domingo, 9 de novembro de 2014

GUARANI, O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1978 - Parte final







No dia 27 de julho de 1978, o Guarani foi ao estado do Pernambuco, no estádio do Arruda, para seu primeiro jogo nas quartas de final do campeonato brasileiro contra o Sport Recife. Desfalcado do artilheiro Careca, substituído pelo também jovem Adriano e sem o ponta-esquerda Bozó, substituído por Macedo, o Guarani marcou seu primeiro gol aos dezenove minutos do primeiro tempo com o meia Zenon, e fechou o placar aos trinta minutos do segundo tempo com o gol de Capitão. A vitória fora de casa permitiu que o bugre voltasse a enfrentar o Sport em Campinas não só com uma boa vantagem, mas com a tranquilidade de uma equipe que estava preparada para chegar a semifinal.
















  


Zenon de Souza Farias, o meia armador Zenon nasceu em Tubarão, Santa Catarina, no dia 31 de março de 1954. Grande maestro do bugre em 1978, ele começou sua carreira jogando pelo Avaí de Florianópolis. Chegou ao Guarani em 1976 e depois jogou na Arábia Saudita, e ao voltar ao Brasil, ganhou mais títulos jogando pelo Corinthians e pelo Atlético Mineiro. Em 1989, voltou ao Guarani e jogou ainda, na Portuguesa, São Bento e Grêmio Maringá. Atualmente mora em Campinas e é comentarista esportivo.









O MEIA ZENON ATUALMENTE



No jogo de volta pelas quarta de final, o Guarani recebeu o Sport no estádio Brinco de Ouro da Princesa e fez uma excelente partida sem permitir qualquer reação dos pernambucanos. Neste jogo a principal ausência foi o zagueiro Gomes. Careca voltou ao ataque, mas não balançou a rede. Aos dez minutos do primeiro tempo, o lateral esquerdo Miranda abriu o placar. O segundo gol aconteceu aos cinco minutos do segundo tempo e o autor foi o ponta direita Capitão. Aos dezesseis minutos do segundo tempo, Capitão fez o terceiro do bugre e seu sexto gol no campeonato. Quem concluiu a goleada foi excelente ponta de lança Renato. Com esta vitória, o Guarani dava mais um passo rumo ao título chegando a semifinal do campeonato brasileiro de 1978, e enfrentaria nesta fase o time do Vasco da Gama novamente.




 

Nascido na cidade de Regente Feijó-SP, em 11 de julho de 1952, Rodolfo Carlos de Lima, o ponta direita Capitão, veio do XV de Piracicaba, embora antes tenha jogado no Vasco da Gama e no Santos. Após sua brilhante passagem pelo Guarani, ele foi para o Atlético Paranaense, trocado pelo lateral esquerdo Zé Mário. Jogou em outros times, como o Palmeiras e o Marília. Hoje mora em Ribeirão Preto e é empresário de futebol. Em 1993, chegou a ser treinador do bugre em alguns jogos.













 

O PONTA DIREITA CAPITÃO ATUALMENTE




O primeiro jogo do Guarani na semifinal do brasileiro de 1978 foi contra o Vasco da Gama no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Neste jogo, o zagueiro Edson foi expulso, assim como o defensor Fernando da equipe adversária. Aos três minutos do segundo tempo, o lateral vascaíno Orlando abriu o placar para o bugre ao fazer um gol contra. Renato fez o segundo gol aos trinta e seis minutos da etapa final, concretizando a vitória bugrina . Roberto Dinamite, ídolo vascaíno, não jogou neste jogo.











No segundo jogo da semifinal, o Guarani foi ao Maracanã no dia 06 de agosto de 1978, em um dia de domingo, para enfrentar o Vasco da Gama novamente fortalecido com a presença de Roberto Dinamite e com o artilheiro do campeonato Paulinho. O zagueiro Alexandre substituiu Edson e no decorrer da partida, Macedo e Adriano entraram na equipe. O primeiro gol do jogo foi marcado por Zenon aos sete minutos do primeiro tempo, aumentando a vantagem do bugre. Quando o meia armador marcou o segundo gol bugrino aos vinte cinco minutos do segundo tempo, a expectativa de estar na final ficou mais forte no coração da torcida. O gol do meia Dirceu para a equipe vascaína não foi suficiente para estabelecer uma reação. O bugre estava na final do brasileiro daquele ano.









Luiz Augusto de Aguiar, o ponta esquerda Bozó, nasceu no dia 11 de julho de 1952, em São Paulo. Revelado pelo São Bento de Sorocaba, passou por Atlético Mineiro, Santos e Noroeste, que o emprestou ao bugre para a Copa Brasil. Muito aplicado taticamente na função de marcação, ele foi um dos destaques do bugre em 1978. Depois da passagem pelo Guarani, Bozó jogou em clubes como a Ferroviária de Araraquara, o Sport de Pernambuco e o Corinthians. Atualmente, mora em Curitiba-PR, onde é comerciante.




 






O PONTA ESQUERDA BOZÓ ATUALMENTE







O adversário do Guarani na final do Campeonato Brasileiro de 1978 foi o Palmeiras que contava com grandes jogadores como o goleiro Emerson Leão, Jorge Mendonça e Nei. O primeiro jogo da final aconteceu no estádio do Morumbi, no dia 10 de agosto de 1978. Neste jogo o goleiro Leão foi expulso aos vinte e cinco minutos do segundo tempo ao dar uma cabeçada em Careca dentro da área, o que ocasionou a marcação de um pênalti convertido pelo meia Zenon aos trinta e um minutos. Quem tentou defender o pênalti foi o ponta de lança Escurinho, que substituiu Leão no gol, pois o Palmeiras já havia feito as duas substituições permitidas na época. A partida teve como árbitro Arnaldo César Coelho e um público de mais de cem mil pessoas.




Antônio de Oliveira Filho, o centroavante Careca, nasceu em Araraquara, no dia 05 de outubro de 1960. Foi revelado pelo Guarani e em 1978 foi o artilheiro da equipe com treze gols na campanha do título nacional. Além do bugre, jogou no São Paulo, no Napoli da Itália, no Kashima Reysol do Japão, e de volta ao Brasil, jogou no Santos e no São José-RJ. Jogou pela seleção brasileira nas copas de 1986 e 1990.














O CENTROAVANTE CARECA ATUALMENTE


















No dia 13 de agosto de 1978, um domingo que comemorava o dia dos pais, a torcida bugrina chegou cedo ao estádio Brinco de Ouro da Princesa para presenciar aquele que seria um jogo histórico para o Guarani de Campinas. O dia amanheceu frio, nublado e ventando, mas sem chuva. Por volta do meia dia, o estádio já estava cheio. O Guarani entrou em campo todo de branco, pois era o mandante do jogo, que de acordo com o regulamento da época, tinha que usar seu segundo uniforme. Na entrada em campo, o jogadores contornaram o gol de entrada do estádio por recomendação do caboclo Guaratã. Uma faixa na torcida dizia: “Verde é Guarani, o resto é poluição.”


 








O Guarani entrou em campo com esta escalação: Neneca; Mauro, Gomes, Edson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. 




 O público do estádio foi mais de vinte de sete mil pessoas e quem apitou a partida foi José Roberto Wright.

Depois de terem sido zombados no Rio Grande do Sul, intimidados no Rio de Janeiro pelo Vasco da Gama e desacreditados pelos palmeirenses no Morumbi, os quais já se proclamavam campeões e perderam a primeira partida, os jogadores bugrinos começaram o jogo exercendo o domínio em campo. O armador Zenon estava ausente, pois cumpria suspensão automática, e foi substituído por Manguinha, que teve um desempenho muito eficiente na marcação. O volante Zé Carlos foi um técnico dentro das quatro linhas durante toda a campanha consagradora e um “gladiador” naquela final, suando a camisa e dividindo todas as bolas. O jovem goleiro Gilmar, que substituía Leão no lado do Palmeiras, foi uma grande revelação fechando o gol e evitando uma goleada. Renato correu como nunca nesta partida. Ajudou a defesa e teve importantes arrancadas para o ataque.





O sonho do título bugrino começou a se tornar realidade aos 36 minutos do primeiro tempo. Após um lançamento ainda de sua área do goleiro Neneca, a bola sobrou na área do Palmeiras com o zagueiro Beto Fuscão, que perdeu a bola para o centroavante Careca, o qual com um leve toque colocou o ponta esquerda Bozó no lance. Este, ao receber a bola no começo da grande área, avançou e chutou para o gol para a defesa parcial do goleiro Gilmar. A revelação de 17 anos do bugre, o atacante Careca, pegou o rebote do goleiro um pouco a frente da entrada da grande área e chutou no canto direito de Gilmar que não alcanço a bola. Era o gol do bugre, o gol do título do campeonato brasileiro de 1978.


















A torcida explodiu de emoção, balançando suas bandeiras e acreditando plenamente que era hora de comemorar aquele feito histórico do Guarani. Quando o árbitro apitou o final do jogo, a comemoração consolidou-se. No vestiário, os jogadores festejavam e o presidente do clube, Ricardo Chuffi participou da festa, levantando a taça, assim como o capitão Edson.
























O dia seguinte, em uma segunda-feira do dia 14 de agosto, foi um meio feriado em Campinas. Muitas escolas não tiveram aulas e o centro parou novamente porque os jogadores do Guarani foram à agência da Caderneta da Poupança Continental, na Rua Barão de Jaguara, para distribuição de autógrafos, atraindo uma multidão incalculável de pessoas. Carlos Alberto Silva, que completava trinta e nove anos, jamais poderia imaginar que, na véspera, teria tal presente. A festa continuou por toda semana, até a manhã do domingo seguinte, quando houve distribuição gratuita de chope aos torcedores em frente ao Brinco de Ouro da Princesa. A entrega das faixas pela conquista do campeonato brasileiro de 1978 aconteceu no ano seguinte, em uma partida disputado pelo campeonato paulista contra o Botafogo de Ribeirão Preto. Além do título, o bugre teve outras premiações. Neneca ganhou o prêmio do goleiro menos vazado; Zenon foi escolhido o craque do campeonato e Carlos Alberto Silva, o melhor treinador. Zenon e Careca foram os artilheiros do time com treze gols.








 Fontes:


http://imortaisdofutebol.com/2013/12/11/esquadrao-imortal-guarani-1978/

http://guaranifc.com.br/site/1978-a-festa-da-torcida-continuou-nos-dias-seguintes/

http://www.flogao.com.br/hsg/21214510



domingo, 2 de novembro de 2014

GUARANI, O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1978 - Parte 4






O time do Guarani descobriu logo que não teria facilidade na terceira fase do campeonato brasileiro, quando ficou sabendo que enfrentaria o Internacional de Porte alegre, na estreia. O adversário tinha excelentes jogadores como Valdomiro, Caçapava, Batista e Paulo Roberto Falcão. O lateral da equipe era Vanderlei Luxemburgo. Um jornal de Porto Alegre estampou em sua primeira página que Capitão, Careca e Bozó era um ataque de circo e que o bugre era um time caipira. A resposta do Guarani aconteceu em campo, em pleno Beira-Rio com uma vitória incontestável por 3x0. Os gols foram marcados por Renato, Bozó e Zenon. Neste jogo, o meia Manguinha entrou no lugar de Capitão e Macedo substituiu Bozó no decorrer da partida. Também neste jogo, a zaga que atuou seria aquela que se estabeleceria como a titular da equipe, sendo composta pelos jogadores Edson e Gomes.





Nascido Goiana, em 29 de julho de 1952, Edson Alves de Oliveira, o zagueiro Edson chegou ao Guarani após atuar pelo São Bento de Sorocaba e jogou pelo bugre de 1976 a 1982. Jogou também no Santa Cruz e em equipes de menor expressão. Mora no interior de Goiás, na cidade de Cores, onde dirigiu vários times daquele estado.









ZAGUEIRO EDSON ATUALMENTE


Jogando no estádio do Serra Dourada, em Goiás, o Guarani empatou com o time do Goiás em sua segunda partida pela terceira fase do Brasileiro. Em um jogo em que o centroavante Careca marcou o gol de empate, seu nono na competição, tanto ele quanto o zagueiro Gomes levou cartão amarelo. Cuca e Gersinho apareceram na equipe titular, e Manguinha e Macedo entraram no decorrer do jogo, mas as alterações não modificaram o placar, que ficou favorável aos bugrinos
.



No terceiro jogo daquela fase, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, o Guarani recebeu a equipe do Santos, contando com o retorno do ponta direita Capitão. Apesar do sofrer um gol santista, o time bugrino conseguiu marcar dois gols, Zenon (cobrando falta) e Mauro, e venceu a partida. Neste jogo, Careca mais uma vez tomou cartão amarelo e Macedo entrou novamente no decorrer da partida



Mauro de Campos Júnior, o lateral direito Mauro, também conhecido como Mauro Cabeção, nasceu em Nova Odessa-SP, em 23 de abril de 1955. Jogou no Guarani de 1975 a 1980. Foi revelado pelo bugre e logo cedo teve oportunidade de jogar na Seleção Brasileira Olímpica. No brasileiro de 1978, destacou-se muito na defesa bugrina e no ano seguinte, jogou na equipe principal da seleção brasileira. Jogou em outros grandes clubes como Cruzeiro, Santos, Grêmio e Portuguesa. Encerrou sua carreira no Ituano em razão de problemas no joelho. Foi técnico das equipes de base do Guarani. Morreu de assassinato no dia 06 de agosto de 2004.


 
  






Em seu quarto jogo no Brinco de Ouro da Princesa, o Guarani enfrentou o Botafogo da Paraíba e venceu pelo placar mínimo de 1x0, após Careca marcar seu décimo gol no campeonato. A volta do lateral-esquerdo Miranda foi o destaque desta partida e a entrada do atacante Macedo no lugar de Bozó no decorrer do jogo, representou aquela que foi uma constância na campanha bugrina.





ZÉ CARLOS, RENATO E ZENON


Ainda no Brinco de Ouro, o Guarani realizou seu quinto jogo na terceira fase do campeonato brasileiro contra o Goytacaz do Rio de Janeiro e venceu facilmente com dois gols de Zenon (um de falta e outro de pênalti) e um do zagueiro Gomes. Este jogo marcou a volta do atacante Adriano à equipe, após contusão. Ele entrou no decorrer da partida substituindo Careca.




Edson Gomes Bonifácio, o zagueiro Gomes nasceu em Vitória-ES, no dia 09 de setembro de 1955. Chegou ao Guarani com o nome de “Nega”, vindo do Saad de São Caetano do Sul. No ano seguinte, foi convocado pela a seleção brasileira. Jogou em equipes como o Criciúma, Corinthians, Sport-PE e Santa Cruz, dentre outras. Foi auxiliar-técnico e supervisor do bugre e ainda mora em Campinas, sendo representante comercial.













ZAGUEIRO GOMES ATUALMENTE





O penúltimo jogo do Guarani na terceira fase do brasileiro de 1978 também foi no Brinco de Ouro da Princesa contra a equipe do Botafogo de Ribeirão Preto, do meia Sócrates. Foi um jogo em que o Guarani venceu com um gol solitário de Zenon, o oitavo do meia armador na competição. Careca não jogou neste jogo. Quem entrou em seu lugar foi Adriano, que no decorrer da partida foi substituído por João Carlos. Esta vitória garantiu a classificação do bugre por antecipação às quartas de final do brasileiro de 78.





 

Natural da cidade de Agudos-SP, João Carlos Travian, o volante João Carlos nasceu no dia 26 de outubro de 1959. Revelado pelo Matsubara-PR, que na época era m clube que revelava jogadores para vender, ele foi contratado ainda como juvenil. Atuou em poucas partidas pelo bugre naquele campeonato de 1978 e não se firmou na equipe. Acabou indo para o Noroeste de Bauru e depois jogou em equipes menores. Hoje mora na região de Bauru e é comerciante.


 

O último jogo do Guarani naquela fase foi contra o Londrina, no estádio do Café, e a quinta vitória seguida foi obtida com um gol de Miranda. Neste jogo, o Guarani entrou em Campo com vários reservas como Silveira, Adriano, João Carlos, Macedo e Claudinho. O empate do Londrina só não ocorreu porque o atacante Nenê chutou um pênalti no travessão.


 

Cláudio J. A. de Oliveira, o meia Claudinho, nasceu em Guaratinguetá, no dia 10 de dezembro de 1960. Foi mais uma revelação das categorias de base do bugre.

*Não foram obtidas mais informações sobre o jogador.


Antônio Tadeu Bergamo, o lateral Tadeu nasceu em Salto, no dia 08 de outubro de 1958. Foi revelado pelo Guarani.

*Não foram obtidas mais informações sobre o jogador.




A SUPERZAGA BUGRINA


O Guarani encerrou sua participação no terceira fase do brasileiro de 1978 em primeiro lugar no grupo A com 15 pontos, a frente de Internacional de Porto Alegre e do Botafogo de Ribeirão Preto. Classificado para as quartas de final, seu adversário foi o Sport de Recife.




Fontes:



http://www.arquivocoral.com.br/2012/06/edson-1983.html

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/gomes-1396

http://www.garraguarani.com.br/site/ao-mestre-com-carinho/

http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/1978/07/23/londrina-0-x-1-guarani


 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

GUARANI, O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1978 - Parte 3




Depois de ter conseguido sua classificação para a segunda fase do campeonato brasileiro de 1978, o Guarani entrou no grupo D em que enfrentaria equipes de tradição como Vasco da Gama e São Paulo, além de Portuguesa, Caxias do Rio Grande do Sul, Coritiba, Remo do Pará, Vila Nova de Minas Gerais e Brasília.


A estreia do Guarani foi contra o São Paulo Futebol Clube no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Mesmo escalado com seus principais jogadores, o bugre apenas empatou com o tricolor paulista com um gol do meia-armador Zenon. Neste jogo, Adriano e Manguinha entrou no decorrer da partida, mas não mudaram a situação do placar.  


O segundo jogo do Guarani na segunda fase aconteceu no estádio Boca do Jacaré contra o Brasília. Sem dificuldades contra aquele que seria o último colocado do grupo, a vitória por 3x0 foi obtida com dois gols de Renato, que empatava com Careca na artilharia do time na competição, e um de Bozó. Neste jogo, o lateral-direito Alexandre jogou no lugar de Mauro e Manguinha apareceu como titular no lugar de Zé Carlos. No decorrer do jogo, Miranda foi substituído por Cuca.


Natural de São Carlos-SP, Odair de Lima, o zagueiro Odair foi revelado no juvenil do bugre e foi considerado uma grande promessa. Acabou não confirmando as expectativas.


* Não foram obtidas mais informações e a situação atual deste herói bugrino.



No estádio Alacir Nunes, no Pará, o Guarani encarou seu terceiro jogo da segunda fase de forma desastrosa, enfrentando a equipe do Remo do atacante Bira “Burro”, que marcou cinco gols naquele jogo e definiu a vitória dos paraenses. Careca ainda marcou o dele para o bugre, mas a equipe que jogou desfalcada do goleiro Neneca (João Roberto jogou em seu lugar), não conseguiu se encontrar em campo. O ponta-esquerda Bozó e o volante Zé Carlos não jogaram.












 Após ser goleado pelo Remo, o Guarani voltou à campo contra a equipe do Caxias do zagueiro Luiz Felipe Scolari, no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Mais uma vez o meia Renato foi o destaque do time ao marcar dois gols e tornar-se o artilheiro do bugre naquele momento com sete gols. O lateral-direito Mauro marcou seu primeiro gol na competição e estabeleceu a vitória por 3x0 da equipe campineira. O goleiro Neneca continuou fora do time neste jogo e João Roberto esteve presente em Campo. A volta de Zé Carlos e Macedo também contribuiu para reforçar o time, que jogou sem Bozó.








José Carlos Bernardo, o meia Zé Carlos nasceu em Juiz de Fora, no dia 28 de abril de 1945. Foi um dos craques e líder do time bugrino de 1978. Contratado junto ao Cruzeiro-MG, onde marcou época, ainda jogou em times como Bahia e Botafogo do Rio de Janeiro. Em 1984, chegou a ser treinador do Guarani, mas não obteve sucesso. No mesmo ano, ainda voltou a jogar pelo Mogi Mirim. Depois de dirigir times do interior de Santa Catarina e do Oriente Médio, tornou-se empresário de futebol e mora em Belo horizonte.









O quinto jogo do Guarani na segunda fase foi um reencontro contra o Vasco da Gama, que venceu o bugre na estreia da competição. Jogando desfalcado do artilheiro Roberto Dinamite, desta vez os cariocas não se mostraram superiores á equipe bugrina e no estádio São Januário sofreram dois gols do centroavante Careca. Nesta partida, João Roberto continuou como goleiro titular.


 



 João Roberto Braz, o goleiro João Roberto nasceu em Jaboticabal, em 14 de julho de 1958. Foi revelado nas categorias de base do bugre. Jogou na seleção brasileira sub-20 e foi reserva do goleiro Neneca no Guarani de 1978. Jogou também pelo Itumbiara de Goiás, tornando-se o maior goleiro da história do clube, e passou rapidamente pelo Santos. Atualmente mora em Campinas e trabalhou como funcionário da Bosch.













GOLEIRO JOÃO ROBERTO ATUALMENTE


No estádio do Pacaembu, o próximo jogo do Guarani naquela fase foi contra a Portuguesa e o bugre não foi bem-sucedido na capital paulista. A lusa venceu por 2x0 em um jogo em que o zagueiro Silveira continuou aparecendo como titular da equipe e o goleiro Neneca também retornou à posição.Bozó novamente não jogou.






Sildes de Silveira Povoas, o zagueiro Silveira nasceu em Itaguaí-RJ, no dia 02 de julho de 1946. Chegou ao Guarani na expectativa de substituir o zagueiro Amaral, ídolo do bugre, mas fez poucas partidas como titular. Jogou no Fluminense e teve uma boa passagem pelo Operário-MS em 1977. Atualmente mora do Rio de Janeiro e é treinador das divisões de base do Vasco da Gama.

















 Contra o Coritiba no Brinco de Ouro da Princesa, o Guarani seguiu sem vencer e empatou o jogo sem gols. Neste jogo. O zagueiro Gomes reapareceu no lugar de Silveira e Bozó entrou no decorrer do jogo. Mas, nem a entrada do ponta-esquerda e nem a de Gersinho no lugar de Capitão, contribuíram para alterar aquele placar.


 Alexandre B. Oliveira, o lateral-direito Alexandre nasceu em Fortaleza-CE, em 22 de dezembro de 1954. Chegou ao Guarani após atuar pela equipe do Fortaleza, mas tornou-se reserva do time campineiro. Jogou no Botafogo de Ribeirão Preto e defendeu vários times do nordeste, conquistando títulos inclusive jogando pelo Ceará. Encerrou sua carreira em 1990, quando jogava no Rio Branco-AC. Atualmente, mora em Fortaleza.




ZAGUEIRO ALEXANDRE ATUALMENTE

Ainda em Campinas, o Guarani fez o último jogo da segunda fase do Brasileiro de 1978 contra o Vila Nova mineiro e venceu com dois gols de Careca, que reassumiu a artilharia do time com oito gols. Gersinho esteve na equipe titular no lugar de Capitão e Macedo entrou no decorrer do jogo para substituir o ponta Bozó. Com a vitória, o Guarani terminou esta fase em quarto lugar e passou para a terceira fase.








Fontes:

 
http://imortaisdofutebol.com/2013/12/11/esquadrao-imortal-guarani-1978/

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/joao-roberto-4013

http://www.gazetapress.com.br/busca/fotos/?q=neneca

http://futeblog.y33.com.br/page/26/

http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/1978/06/24/guarani-2-x-0-villa-nova-mg








 

domingo, 12 de outubro de 2014

GUARANI, O CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1978 - Parte 2



O segundo jogo do Guarani no campeonato brasileiro de 1978 foi contra a equipe do Bahia, no estádio Brinco de Ouro da Princesa. Apesar da estreia ruim contra o Vasco da Gama, o time campineiro mostrou força para conseguir sua primeira vitória, que foi alcançada com um gol de Zenon e outro de Macedo. Para o Bahia, quem marcou foi Osni, o que não evitou a derrota baiana.

 


Nascido no dia 28 de abril de 1957, em Bonsucesso (PR), Luis Carlos Macedo,o ponta- esquerdo Macedo, jogou além do Guarani em equipes como o Palmeiras e o Noroeste de Bauru, cidade onde vive hoje e trabalha como professor de escolinhas de futebol. Ele encerrou sua carreira no futebol equatoriano.











O terceiro jogo do Guarani na primeira fase do brasileiro também foi em Campinas contra o time alagoano do CSA. Novamente o Guarani marcou dois gols neste jogo e obteve mais uma vitória. Nesta partida, os gols foram marcados pelo volante Zé Carlos e pelo ponta-direita Capitão. Assim como no segundo jogo, o centroavante Careca foi substituído pelo atacante Adriano, o lateral-direito Mauro saiu do banco para entrar na equipe. O meia Manguinha e o ponta de lança Gersinho não estiveram em campo.


No quarto jogo, que aconteceu no estádio da Fonte Nova na Bahia, o Guarani empatou sem gols com o Vitória. Este jogo marcou a primeira expulsão de jogadores do bugre até então, do lateral-esquerda Miranda. Desta vez, Adriano saiu do banco não para substituir Careca, mas o ponta-direita Capitão, o que não modificou a história do jogo. Seguiram-se os empates contra a equipe alagoana do CRB e a sergipana do Sergipe, em jogos realizados fora de Campinas, o que deixava até então o bugre com apenas duas vitórias no campeonato após seis jogos.

 


 

 Adriano José Mariano, o atacante Adriano nasceu em Porto Ferreira-SP em 24 de outubro de 1958 e faleceu em 5 de janeiro de 1980 em acidente automobilístico na rodovia que liga Maringá a Curitiba. Tinha apenas 21 anos. Foi revelado pelo Guarani e jogou em equipes como o Palmeiras e o Atlético Mineiro.


 








 

O jogo contra o CRB no estádio Rei Pelé em Alagoas marcou a estreia do ponta-esquerda Bozó no campeonato, que saiu do banco para substituir Macedo, o qual marcou o gol do empate em 1x1. Manguinha voltou ao time titular neste jogo e Adriano começou como titular no lugar de Careca, que entrou no decorrer da partida e foi expulso.






 Edson Aparecido Acedo, o meia armador Manguinha nasceu em Bragança Paulista, no dia 4 de março de 1957. Jogou em equipes como Internacional de Limeira, pela qual foi campeão paulista de 1986 e Comercial de Ribeirão Preto. Atualmente mora em Bragança Paulista onde tem um centro de treinamento de aprendizado de crianças.












MANGUINHA JOGANDO CONTRA O PALMEIRAS

 Já o empate sem gols contra o Sergipe no estádio Batistão, marcou a volta do ponta de lança Gersinho ao time que substituiu o atacante Antônio Carlos no decorrer da partida. Bozó também saiu do banco para substituir Capitão.


Antônio Carlos da Silva, o atacante Antônio Carlos nasceu em Ourinhos-SP, em 11 de setembro de 1956. Revelado pelo Guarani, foi titular no Brasileiro de 1978 apenas no jogo contra o Sergipe, entrando no decorrer de algumas partidas. Jogou também na Catanduvense, no Taubaté e outras equipes, encerrando sua carreira na Bolívia pelo Jorge Wilsterman. Conhecido também como “Tonhão”, mora hoje em Campinas, onde é funcionário concursado da Secretaria Municipal de Esportes e árbitro de futebol de futsal em Valinhos.


A reabilitação bugrina ocorreu no estádio do Brinco de Ouro da Princesa contra a equipe do Confiança de Sergipe. Mesmo jogando sem o ponta-esquerda Bozó e o meia Zenon, o time campineiro desempenhou um bom futebol e goleou os sergipanos com dois gols de Miranda, que até então era o artilheiro da equipe, um gol de Capitão, Gersinho e Careca. Neste jogo, o centroavante finalmente desencantou.

 
O derby contra a rival Ponte Preta marcou o oitavo jogo do Guarani no campeonato brasileiro de 1978. A Ponte Preta tinha um ótimo time naquele ano, tendo no elenco nomes como o de Dicá, Dadá Maravilha, Jair Picerni e Marco Aurélio e foi até o Brinco de Ouro da Princesa para medir forças contra os novatos do Guarani. Em um jogo disputado e cheio de rivalidade, o Guarani venceu com dois gols de Careca, sofrendo um gol do atacante Lúcio da equipe pontepretana. Era a resposta que a torcida esperava para acreditar que a equipe duvidosa do começo do campeonato poderia seguir longe, e na constatação do nascimento de um novo ídolo bugrino.






No jogo seguinte também em Campinas, mais uma goleada marcou o desempenho bugrino. Desta vez contra o Itabuna baiano, Careca mais uma vez deixou sua marca duas vezes e tornou-se o artilheiro da equipe com cinco gols. O ponta de lança Renato, um dos jogadores mais regulares da equipe marcou três gols. Capitão e Bozó também fizeram os gols do bugre que deixou a torcida muito animada com os grandes jogos feitos nas duas últimas partidas.

 


TIME QUE GOLEOU O ITABUNA. EM DESTAQUE O ATACANTE MACEDO


 

Carlos Renato Frederico, o ponta de lança Renato, conhecido como Renato “Pé murcho” nasceu Morungaba-SP, no dia 21 de fevereiro de 1957. Foi revelado pelo Guarani e disputou a Copa de Mundo de 1982. Jogou também no São Paulo, no Botafogo-RJ, Atletico-MG e no Japão. Encerrou a carreira no Taubaté e foi treinador dos times de base do bugre. Hoje mora em Morungaba, onde mantém uma escolinha de futebol.


 








RENATO NOS DIAS ATUAIS


Porém, no estádio Raulino de Oliveira em Volta Redonda-RJ, o Guarani sofreu sua segunda derrota em um jogo em que os atacantes não tiveram o desempenho admirável do jogo anterior. O placar foi de 2x0 para os cariocas. Neste jogo, Miranda não jogou e foi substituído na lateral-esquerda por Cuca.




Elias das Graças Travessos, o lateral-esquerdo Cuca nasceu em Santarém-Pa, no dia 31 de dezembro de 1951. Grande revelação do futebol paraense, ele chegou ao Guarani em 1977 sendo contratado junto ao clube do Remo. Porém, não se firmou como titular e disputou o Brasileiro de 1978 como reserva. Depois do Guarani, jogou na Ferroviária de Araraquara e voltou ao futebol no norte. Atualmente, mora na ilha de Marabá e atua no futebol amador da região.
 




 




A última partida do Guarani na primeira fase também foi contra uma equipe carioca, o Botafago, em um empate por 1x1. Neste jogo, o meia armador Zenon marcou seu segundo gol no campeonato. O ponta-esquerdo Macedo mais uma vez apareceu na equipe titular e Bozó não jogou. Gersinho também apareceu no decorrer do jogo ao substituir Capitão.



Na primeira fase, o bugre foi o 5˚ colocado da chave D, da qual participaram 12 equipes e classificavam-se as 6 primeiras. A equipe passou para a segunda fase com um desempenho razoável, apesar de ter realizado grandes jogos e apresentado à torcida jogadores que seriam decisivos ao longo da competição. Foram 5 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas.





Fontes:

http://imortaisdofutebol.com/2013/12/11/esquadrao-imortal-guarani-1978/

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/macedo-ponta-esquerda-1295

http://www.galodigital.com.br/enciclopedia/Adriano_Jos%C3%A9_Mariano

http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/