sábado, 27 de julho de 2013

RUA DELFINO CINTRA, EM CAMPINAS



Continuando o trabalho que foi realizado no ano passado em meu outro blog "Um poeta", farei uma breve biografia sobre os personagens que dão nome às ruas e avenidas do centro de Campinas e, em cada postagem, uma personalidade será homenageada. Agora, destacarei as ruas dos bairros próximos do centro como Cambuí, Botafogo, Vila Itapura e Guanabara, pois certamente você já passou por alguma rua destes bairros indo para o centro, e se questionou ao ver o nome da rua ou avenida: "Quem foi esta pessoa?"



QUEM FOI DELFINO CINTRA ?

 
 
Delfino Pinheiro de Ulhoa Cintra Júnior nasceu em Mogi-Mirim, no estado de São Paulo. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo entre 1854 e 1858. Era irmão de Antônio Pinheiro de Ulhoa Cintra, o Barão de Jaguara. Casou-se com a filha de Hércules Florence, Angélica Florença de Ulhoa Cintra.



Em 1865, Delfino Cintra fundou o jornal Diário de São Paulo, e em 1874, foi um dos fundadores do Instituto dos Advogados de São Paulo.

Além da advocacia e do jornalismo, ele teve uma carreira política. Foi nomeado Presidente da província de Santa Catarina por carta imperial de 31 de maio de 1872, assumindo o cargo no dia 8 de julho, e governando até o mês de novembro.






 




 


Foi eleito deputado à Assembleia Geral (equivalente à Camara dos deputados) por São Paulo para a legislatura de 1872 a 1875, e reelegeu-se para a legislatura seguinte.

Foi membro da Assembleia legislativa do Estado de São Paulo nos anos de 1884, 1888 e 1889.

Em campinas, Delfino Cintra foi diretor do colégio “Culto à Ciência”, em 1876.


 
 



Delfino Cintra morreu em 1911, em São Paulo.


* Lamento não ter encontrado a imagem de Delfino Cintra, assim como outras informações sobre sua vida e sobre a rua que tem o seu nome.







A Rua Delfino Cintra tem seu início nas proximiadades da Praça Regente Isabel e da Avenida Andrade Neves, no bairro Botafogo, e seu término acontece na Avenida Francisco Glicério.


 


 






Fontes:




sábado, 20 de julho de 2013

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: O Edifício Mesbla


 
O EDIFÍCIO MESBLA
 
 



A Mesbla foi uma empresa de origem francesa que passou a atuar no Brasil com este nome em 1939, mas que se tornou genuinamente brasileira com o passar do tempo, e com a mudança de presidência e capital social. Já na década de
50, tinha lojas espalhadas nas principais capitais do país e em algumas cidades do interior.











 





Tornou-se referência nas cidades onde se fazia presente pelo grande porte de suas lojas, e por quase três décadas reinou praticamente sozinha no mercado de varejo, por ser a única empresa do gênero de abrangência nacional.

Em 1986, foi escolhida pela revista Exame, como a melhor empresa do Brasil.




 


 
Porém, na década de 90, a Mesbla passou a ter constantes prejuízos e a concorrência de outras empresas do segmento, fechando diversas lojas e demitindo milhares de empregados, sem conseguir livra-se da crise.

Nesta década, a Mesbla foi adquirida pelo empresário Ricardo Mansur que tentou salvar a empresa da falência, sem êxito.









Em julho de 1999, foi declarada a falência da Mesbla, sendo fechadas as portas da última filial de Niterói-RJ, em agosto do mesmo ano.



 



O edifício Mesbla está localizado na Avenida Doutor Campos Sales, no número 715.


 


sábado, 13 de julho de 2013

O BUSTO DE RAMOS DE AZEVEDO, EM CAMPINAS






Francisco de Paula Ramos de Azevedo nasceu em São Paulo, em 1851. Era engenheiro, arquiteto, administrador, empreendedor e professor. Trabalhou na Companhia Paulista de Vias Férreas, antes de se formar como engenheiro-arquiteto, em 1878, na Bélgica. Foi um curso alinhado ao historicismo das escolas politécnicas europeias em que predominam os estilos neoclássicos e o ecletismo. Sua graduação teve excelentes recomendações e ao voltar ao Brasil, Ramos de Azevedo estabeleceu seu primeiro escritório profissional na cidade de Campinas-SP. Sua primeira obra importante foi a conclusão da Igreja Matriz de Campinas, e após conhecer o Visconde de Indaiatuba, ele foi convidado para construir os edifícios da Tesouraria da Fazenda, da Secretaria da Agricultura e da Secretaria da Polícia, em São Paulo. Com estas obras, ele estabeleceu na capital paulista o maior escritório de projetos do século XIX e início do século XX: a F.P Ramos de Azevedo e Cia.






A habilidade de lidar com o poder público e os interesses privados possibilitou que Ramos de Azevedo ocupasse muitos cargos de comando e responsabilidade, como diretor da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, do Liceu de Artes e Ofício de São Paulo e da Escola Politécnica de São Paulo. Ele também foi Conselheiro da Caixa Econômica de São Paulo e da Comissão Administrativa do Theatro Municipal, e presidente do Instituto de Engenharia e Obras da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.






Seu Escritório Técnico de Projeto e Construção era famoso pelas obras e pelo numeroso grupo de engenheiros e arquitetos que, em conjunto, trabalharam sob sua direção. Dois deles, Ricardo Severo e Arnaldo Dumont Villares criaram a empresa Escritório Técnico Ramos de Azevedo & Villares S.A, após sua morte.










Na cidade de São Paulo, Ramos de Azevedo teve muitas obras de destaque, dentre as quais: os Prédios das Secretarias do Estado, o prédio da Escola Normal, abrigando hoje a Secretaria da Educação, o edifício do Liceu de Artes e Ofício, hoje sede da Pinacoteca do Estado, a Escola Estadual Prudente de Moraes, o prédio da Estada de Ferro Sorocabana, hoje Estação Pinacoteca, a sede dos Correios, o Palácio das Indústrias, e, sobretudo, o Teatro Municipal.

 
 
 
 
Ramos de Azevedo começou suas atividades em Campinas e suas principais obras foram: a Catedral Metropolitana de Campinas, o Colégio Politécnico Bento Quirino, o Mercado Municipal de Campinas “Mercadão” e o Colégio Técnico de Campinas (COTUCA).
Ramos da Azevedo dá nome à atual Rodoviária de Campinas e a uma praça na Avenida Andrade Neves.

Ramos de Azevedo morreu no Guarujá, em 1928.

 





Fontes:
 

sábado, 6 de julho de 2013

POEMA DEDICADO À IGREJA "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO"


 
 





Salvo meus passos silentes,

Pilhando ao léu suas escadas

Em busca dos penitentes

Tão frementes,

Tão frementes junto ao nada.

 

O nada eu via defronte

Aquele pórtico belo,

Mas surgia em minha fronte

Uma ponte

Uma ponte de desvelo.

 

E, sobre a fé eu andava,

Adentrando o alvor latente,

Meu silêncio qual aldrava,

lá chamava

lá chamava o onipotente.

 

Eu ressurgia do fosso

Ajoelhado no altar,

Prostrando ao chão meu pescoço

De remorso,

De remorso a murmurar.

 

O órgão minh`alma fremia

Alentava-me a Hosana,

Talvez na reza eu fugia,

E teria,

E teria a crença lhana.

 




POEMA ESCRITO EM 11/05/2003